sábado, 20 de dezembro de 2008

A CRISE

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros quentes. Ele não tinha rádio, televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia bons cachorros quentes. Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava. As vendas foi aumentando e, cada vez mais, ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender uma grande quantidade de fregueses. O negócio prosperava. Seu cachorro quente era o melhor de toda região! Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola para o filho.

O menino cresceu e foi estudar economia numa das melhores faculdades do país. Finalmente, já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vidinha de sempre e teve uma séria conversa com ele: 

- Pai, então você não ouve radio? Você não vê televisão e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Esta tudo ruim. O Brasil vai quebrar.

Depois de ouvir as considerações do filho doutor, o pai pensou: bem, se meu filho que estudou economia, lê jornais, vê televisão, acha isto, então só pode estar com a razão. Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, é claro, pior) e começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores). 

Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela noticia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta. Tomadas essas "providências", as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis. O negócio de cachorros quentes do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor escola, quebrou. 

O pai, triste, então falou para o filho:

- "Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise".

E comentou com os amigos, orgulhoso:

- "Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise".

 

Grande lição:

"Vivemos em um mundo contaminado por más notícias e, 
se não tomarmos o devido cuidado, 
elas nos influenciarão a ponto de roubarem 
à prosperidade de nossas vidas".

 


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