sábado, 28 de fevereiro de 2009

O SAPATO


   Claudio, um rapaz já de certa idade, pegou o ônibus e  enquanto subia, um de seus sapatos se soltou e  escorregou para o lado de fora.  O ônibus saiu rapidamente, e a porta se fechou sem que houvesse  chance de recuperar o sapato "perdido".
 Imediatamente, Claudio retirou seu outro sapato e jogou -o pela janela.
 Um rapaz no ônibus que observava a situação, sem poder ajudar perguntou:
 - Desculpe perguntar, mas por que jogou fora seu outro sapato?
 E Claudio respondeu:
 - Pra que alguém o encontre e seja capaz de usá -los. Provavelmente apenas alguém rea lmente necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé.
 Quando desceu do ônibus em seu destino, Claudio buscou uma loja, e comprou um novo par de sapatos.

 Moral da História  
    Durante nossa vida é inevitável perder coisas. Muitas vezes estas perdas são penosas   e supostamente injustas, porém certamente necessárias para que coisas novas e melhores possam acontecer.
   Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam   atenção e energia. Aproveite e tire do seu "armário" aquelas coisas negativas que só lhe  trazem tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento.
   O "novo" só pode ocupar espaço em nossas vidas  quando o "velho" deixar de fazer   parte dela.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

EM CASO DE DESPRESSURIZAÇÃO

By Martha Medeiros

 

Eu estava dentro do avião, prestes a decolar, e pela milionésima vez escutava a orientação do comandante: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente a sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver a seu lado".

E a imagem no monitor mostrava justamente isso, uma mãe colocando a máscara no filho pequeno, estando ela já com a dela.

É uma imagem um pouco aflitiva, porque a tendência de todas as mães é primeiro salvar o filho e depois pensar em si mesma. Um instinto natural da fêmea que somos, todas.

Mas a orientação dentro dos aviões tem lógica: como poderíamos ajudar quem quer que seja estando desmaiadas, sufocadas, despressurizadas?

Isso vem de encontro a algo que sempre defendi, por mais que pareça egoísmo: se quer colaborar com o mundo, comece por você.

Tem gente à beça fazendo discurso e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada.

Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde, não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender.

Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranqüilidade adiante?

Que espécie de exemplo?

E vão reivindicar o quê?  

Quer uma cidade mais limpa, comece pelo seu quarto e seu banheiro.

Quer mais justiça social, respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa.

Um trânsito menos violento, é simples: avalie como você mesmo dirige.

E uma vida melhor para todos?

Pô, ajudaria muito colocar um sorriso neste rosto, parar de praguejar, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo.

Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim da nossa história, salvo tragédias pessoais e abandonos sociais.

E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário dos que viram uns chatos.

Antes de falar mal da Caras, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca.

Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo na rua e nem de usar o carro desnecessariamente.

Uma coisa está relacionada com a outra: você e o universo.

Quer salvá-lo? Garanta-se primeiro.

Não se sinta culpado em pensar em si próprio.

Cuide da sua saúde.

Arrume o que é seu.

Agora sim, estando quite consigo mesmo,
vá em frente e mostre aos outros como se faz. 


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

QUALIDADE DE VIDA

Um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C, e reduz em 30% o risco de câncer de pulmão. 
Salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue). 
Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral que tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco. 
Mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhores efeitos preventivos têm. 
Adotar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da comida que ia ingerir evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração. 
Fazer refeições coloridas como o arco-íris. Comer uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
Comer pizza. Mas escolha as de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza. 
Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente. As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças quando devem ser mantidas separadas de outras escovas. 
Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória... Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos. 
Usar fio dental e não mastigar chicletes. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo. 
Rir. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos. 
Não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes. 
Ligar para seus parentes/pais de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã. 
Desfrutar de uma xícara de chá... O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias.
Ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourados pode causar um bom resultado. 
Colocar tomate ou verduras frescas no sanduíche. Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School. 
Reorganizar a geladeira. As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo. 
Comer como um passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.  
E veja ainda um mix de pequenas dicas para alongar a vida: 

  • comer chocolate. Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio. 
  • pensar positivamente. Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que ademais pegam gripes e resfriados mais facilmente. 
  • ser sociável. Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família. 
  • conhecer a si mesmo. Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo. 

 Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos... É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca: 

 “Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável!” 

 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

INIMIGO MEU

Eis uma história que nem todos conhecem... 

 

Refere-se a dois dos três tenores que encantaram o mundo, cantando juntos.

Mesmo quem nunca visitou a Espanha, conhece a rivalidade existente entre catalães e madrilenos, dado que os catalães lutam pela autonomia, numa Espanha dominada por Madrid. 

Pois bem... Plácido Domingo é madrileno. José Carreras é catalão. 

Devido a questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo, tornaram-se inimigos.

Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos, que só atuariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.

Em 1987, apareceu a Carreras um inimigo muito mais implacável que o seu rival, Plácido Domingo, foi surpreendido por um diagnóstico terrível: leucemia. A sua luta contra o câncer foi muito difícil, tendo-se submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de transfusões de sangue, que o obrigava a viajar mensalmente até aos Estados Unidos.

Nestas circunstâncias, não podia trabalhar e apesar de ser dono de uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos tratamentos, dilapidaram as suas finanças.

Quando não tinha mais condições financeiras, teve conhecimento da existência de uma fundação em Madrid, cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia.

Graças ao apoio da fundação "Formosa", Carreras venceu a doença e voltou a cantar. Voltou a receber os altos cachês que merecia, e resolveu associar-se à fundação. Ao ler os seus estatutos, descobriu que o seu fundador, maior colaborador e presidente da fundação, era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a fundação para ajudá-lo e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio do seu “inimigo”.  

Mas... O mais comovente foi o encontro de ambos.

Surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos em Madrid, Carreras interrompeu a atuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se a seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente.

Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade.

Mais tarde, uma jornalista perguntou a Plácido Domingo, porque criara a fundação "Formosa", num gesto que além de ajudar um “inimigo”, ajudava também o único artista que poderia fazer-lhe concorrência.

A sua resposta foi curta e definitiva:

“-Porque uma voz como aquela não poderia perder-se." 

 

Esta é uma história real da nobreza humana e deveria servir-nos de inspiração e exemplo. 


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O PÃO DE CRISTO

LEIA EM SILÊNCIO E MEDITE. É MUITO CURTO E VERDADEIRO. 


O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Vitor.  Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito. Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal. 
Víctor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer. 
- Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado - disse ele.. 
Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou: 
- Que queria o pobre homem? 
- Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido, 
- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora! 
- Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber! 
- Tenho uns trocados comigo. Vou dar-lhe alguma coisa! 
Mesmo de costas para eles, Vitor ouviu tudo que disseram. 
Envergonhado, quería afastar-se correndo dalí, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia: 
- Aquí tens algumas moedas. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe um trabalho para você. Espero que encontre. 
- Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo. A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza. 
- Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo. 
Víctor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo. 
Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco. Gastou a metade do que havia ganho e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias. 
Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior. O PÃO DE CRISTO! 
- Um momento!, - pensou, não posso guardar o Pão de Cristo somente para mim. 
Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. Neste momento, passou a seu lado um velhinho. 
- Quem sabe, este pobre homem tenha fome - pensou - tenho que partilhar o Pão de Cristo. 
- Ouça - exclamou Víctor- gostaría de entrar e comer uma boa comida? 
O velho se voltou e encarou-o sem acreditar. 
- Você fala serio, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente. 
Durante a ceia, Víctor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel. 
- Está guardando un pouco para amanhã? Perguntou. 
- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei. Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão. 
- O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça. 
Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engolí-lo com alegria. 
De repente, se deteve e chamou um cachorrinho. Um cachorrinho pequeno e assustado. 
- Tome cachorrinho. Te dou a metade - disse o menino. O Pão de Cristo alcançará tambem você. 
O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria. 
- Até logo!, disse Vitor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego . Não desespere! 
- Sabe? - sua voz se tornou em um susurro - Isto que comemos é o Pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom! 
Ao se afastar, Vitor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna. Se agachou para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono. 
Víctor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta. 
Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria. Estava por repreender Vitor, que certamente lhe havia roubado o cachorro, mas não o fez pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve. 
Disse então: 
- No jornal de ontem, oferecí uma recompensa pelo resgate. Tome!! 
Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse: 
- Não posso aceitar. Somente queria fazer um bem ao cachorrinho. 
- Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você. 
Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância, voltou a soar em sua alma. Chamava-se 'PARTE O PÃO DA VIDA', 

"NÃO O CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS AS SOBRAS, 
DAI COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA." 
QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR 
NOSSA CRUZ E SEGUÍ-LO, MESMO QUE DOA! 

Bem, agora se desejares, reparta com os amigos. Ajuda-os a repartir e refletir. Eu já o fiz. 

ESPERO QUE SIRVA para sua VIDA... QUE DEUS OS BENDIGA SEMPRE...!!! 

Senhor Jesus:
"Te amo muito, te necessito para sempre, estás no mais profundo de meu coração, bendize com teu carinho, a minha familia, minha casa, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e meus amigos." 


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ESCUTATÓRIA

Rubem Alves


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.

Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.

Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.

Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.

É preciso também não ter filosofia nenhuma.

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.

Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:

Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.

É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade:

A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...

Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.

Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...

E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.

No fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.

Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.

Há um longo, longo silêncio.

Vejam a semelhança...

Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...

Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.

Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...

Pensamentos que ele julgava essenciais.

São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.

Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.

Na verdade, não ouvi o que você falou.

Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.

Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.

É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.

E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência...

E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.

No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.

Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...

Que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.

Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

CONVICÇÃO...

Alemanha Início do séc.XX


Durante uma conferência para universitários, um professor da Universidade de Berlim, lançou um desafio aos alunos com a seguinte pergunta:  

- “Criou Deus tudo o que existe?”

Um aluno respondeu, convictamente: 

- Sim, Ele criou…

Deus criou realmente tudo o que existe? - Perguntou novamente o professor.  

- Sim senhor, respondeu o jovem.

O professor contrapôs: “Se Deus criou tudo o que existe, então Deus criou o mal, já que o mal existe! E se concordamos que as nossas obras são o reflexo de nós próprios, então Deus é mau!”

O jovem calou-se perante o argumento do mestre que, feliz, regozijava-se por ter provado, uma vez mais, que a fé era um mito.

Outro estudante levanta a mão e diz:

- Posso fazer uma pergunta, professor? 

- Claro que sim, respondeu ele.

O jovem faz uma curta pausa e pergunta:

- Professor, o frio existe?

- Mas que raio de pergunta é essa?… Lógico que existe, ou acaso nunca sentiste frio?

Responde o aluno: “Na realidade, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na verdade é a ausência de calor. Todos os corpos ou objetos são passíveis de estudo quando possuem ou transmitem energia; o calor é o que faz que os corpos tenham ou transmitam energia. O zero absoluto é a ausência total de calor; todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagirem, mas o frio não existe. Nós criamos esta definição para descrever de que maneira nos sentimos quando não temos calor."

- E, a escuridão existe? Continuou o estudante. 

O professor respondeu: - Existe.

O estudante respondeu: 

- A escuridão tão-pouco existe. A escuridão, na realidade, é a ausência de luz.

“A luz  podemo-la estudar, ¡a escuridão, não!  Através do prisma de Nichols, pode decompor-se a luz branca nas suas várias cores, com os seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão, não!

… “Como se pode saber quanto escuro está um determinado espaço? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço. A escuridão é uma definição utilizada pelo homem para descrever o que ocorre na ausência da luz.”

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:

- Professor, O MAL EXISTE?

E este respondeu: Como afirmei no início, vemos crimes e violência em todo o mundo. Isto é o mal.

O aluno respondeu:

“O mal não existe, Senhor, ou pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem… Em conformidade com os casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. O mal é o resultado da ausência de Deus no coração dos seres humanos.  Tal e qual como acontece com o frio quando não há calor, ou com a escuridão quando não há luz.”

O jovem foi aplaudido de pé e o mestre, abanando a cabeça, permaneceu em silêncio…

O reitor da Universidade, dirigiu-se ao jovem estudante e perguntou-lhe: 

- Como te chamas?

Chamo-me,  ALBERT  EINSTEIN.

 

LEI DO CAMINHÃO DE LIXO

Um dia peguei um taxi e fomos direto para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saiu do estacionamento na nossa frente.

O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.

O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara.

E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.

Assim eu perguntei: "Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!"

Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo".

Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. A medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente.

Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.

O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar cedo de manhã com remorso, assim... Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!

Tenha um bom dia, livre de lixo!